Sites lançam serviço de
marcação de consultas médicas
A
marcação de consultas pela internet virou
negócio no Brasil.
Desde
o início do ano, quatro sites que permitem agendar on-line uma visita ao médico
foram lançados em São Paulo -e têm planos de expandir a área de
cobertura.
As
páginas são inspiradas na americana ZocDoc, lançada em 2007 e que atrai
cerca de 1,2 milhão de usuários por mês, segundo o serviço.
"As
pessoas já fazem buscas de médicos na internet. Agora já podem marcar consultas
a qualquer hora do dia", diz Paulo Piccini, 29, fundador do site YepDoc,
lançado em abril.
Segundo
ele, a maioria das consultas são agendadas fora do horário comercial.
No
site, o paciente escolhe o convênio (ou consulta particular), a especialidade e
a região. A página gera uma lista de médicos com os dias e os horários
disponíveis. O agendamento é confirmado por e-mail.
Bartolomeu Cavalcanti, 25, cofundador e
diretor do site Dr. Busca, aberto em
janeiro, afirma que, para o paciente, a maior vantagem é não ter de ligar para
vários consultórios até achar a data mais apropriada. O serviço ainda envia um
SMS para lembrar o paciente da consulta quando o dia se aproxima.
Grávida
de seis meses, Edilene da Silva Carvalho, 30, marcou sua consulta com
o obstetra pela internet. "Mudei de médico porque minha gravidez foi considerada
de alto risco. Procurei o médico indicado no Google e ele estava no Dr. Busca.
Foi prático resolver tudo on-line."
Para
os médicos, a vantagem é preencher seus horários livres de forma mais simples e
acessar a agenda de qualquer lugar, segundo DanielaBouissou, médica e fundadora
do go2Doc.
O
paciente não paga pelo serviço oferecido pelos sites, mas os profissionais,
como médicos, dentistas e nutricionistas, pagam uma mensalidade de R$ 100 a R$
250.
No AvalDoc,
além de marcar a consulta, o usuário pode avaliar os consultórios, com
critérios como localização e tempo de espera. O site tem cerca de 200 médicos e
60 dentistas cadastrados.
RESSALVAS
Renato
Azevedo, presidente do Cremesp (Conselho Regional de Medicina de São
Paulo), teme que o serviço crie concorrência desleal.
"O
médico deve aumentar o número de pacientes atendidos pelo 'boca a boca' ou pela
indicação de outros profissionais. Qualquer coisa além disso esbarra
na questão ética. Há um serviço que visa ao lucro intermediando a relação
médico-paciente."
Segundo
Azevedo, só os planos de saúde podem fazer esse tipo de intermediação, porque
há um órgão que regulamenta e supervisiona essa relação contratual -a ANS
(Agência Nacional de Saúde Suplementar).
Fonte: Folha.com
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