Treinamentos:
bom para os funcionários, ótimo para as empresas
Sem
treinamentos adequados as pessoas atuam no padrão tentativa e erro
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Uma
das principais soluções para a grande falta de mão de obra qualificada nas
empresas são os programas de treinamento e desenvolvimento. Não só para a
empresa, que ganha preparando e qualificando sua equipe de trabalho, como
também para os profissionais que têm nos cursos a oportunidade de progredir mais rápido na carreira.
Segundo
Eduardo Ferraz, consultor em gestão de pessoas, sem treinamentos adequados as
pessoas atuam no padrão tentativa e erro. “Cada um faz do seu jeito e os
resultados acabam sendo pouco consistentes. Atletas de sucesso, por exemplo,
além de possuírem enorme talento, treinam muito. Profissionais de alto nível
nos esportes e nas artes geralmente gastam 98% de seu tempo treinando ou
estudando e, no máximo, 2% do tempo se apresentando em público”.
Mas,
de acordo com o consultor, muitas empresas e pessoas fazem o contrário:
investem 2% do tempo em treinamentos e 98% na execução de tarefas. “É claro
que, com essa proporção, haverá dificuldades para se alcançar resultados
excelentes. Não há milagres. Já pensou o que aconteceria se um ator de teatro
resolvesse diminuir pela metade seu tempo de preparação e ensaio? E se um
atleta interrompesse seus treinos um mês antes de uma competição importante?
Nas
empresas, quando os resultados pioram de forma contínua, costumam ocorrer três
providências: achar algum culpado, demitir algumas pessoas para causar impacto,
concluir que faltam incentivos e contratar sessões “motivacionais” na equipe.
São medidas meramente paliativas e o efeito dura pouco, já que não se treinou
ninguém para valer. É como enxugar gelo!
Neste
cenário, poucos têm coragem de admitir que muitos funcionários (inclusive
alguns chefes) não dominam suficientemente as operações ou não sabem executar
tecnicamente as tarefas mais importantes. É mais fácil culpar a falta de
motivação. “Convenções, discursos e palestras motivacionais são práticas
louváveis, desde que acompanhadas de treinamentos técnicos intensivos”, afirma
o consultor.
E
se eu treinar bastante minha equipe, ganho o jogo?
“Ainda
não”. Para Eduardo, é preciso avaliar a qualidade e os resultados dos treinamentos.
Se a empresa quiser bancar um curso sobre liderança para um funcionário, é
fundamental mensurar os resultados. Avalie o desempenho prático.
Questione o
que está sendo usado e se está dando resultados. Analise também os instrutores
ou consultores. Compare o que foi prometido com o que está sendo entregue.
Invista tempo edinheiro no
que realmente gere resultados mensuráveis.
“Quando
fizer um curso de vendas para sua equipe comercial, por exemplo, avalie os
resultados numéricos antes e depois do treinamento. Funcionou? Então continue
investindo. Só assim você saberá se contratou o treinamento certo”.
Fonte:
Revista Incorporativa
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