Os seis segredos
básicos da gestão de pessoas
As
décadas passam, novos estudos na área de gestão de pessoas surgem,
mas as empresas continuam sofrendo os mesmos problemas de 25, 30 anos atrás –
época em que comecei minha carreira. E pior, isso nunca irá mudar. Afinal de
contas, há profissionais entrando e saindo do mercado o tempo todo.
Pode
parecer redundante o que vou dizer, mas empresas sempre precisarão de pessoas e
consultorias para assessorá-las. São contratações, demissões, análises de
comportamento, pesquisas de mercado. Tudo para desvendar o mistério que impede
o crescimento de uma área da empresa ou então para encontrar o profissional
perfeito para uma posição específica.
Hoje
voltarei um pouco ao básico, às premissas e alicerces que ajudam a harmonizar o
principal componente das empresas: os profissionais.
Diria
que mais de 90% das empresas nascem pequenas. Ao longo do tempo caminham,
“evoluem”, crescem e, na medida do sucesso, é preciso recrutar mais pessoas. E
qual é o segredo do crescimento das empresas que, atualmente, são de grande
porte ou mesmo multinacionais?
Como
eu disse, o primeiro passo está no recrutamento e seleção destes novos
profissionais que ajudarão a empresa a crescer. Antes da escolha, é preciso
planejar e descrever muito bem o cargo, suas atribuições e habilidades
necessárias. Após isso, escreve-se como deve ser o perfil do profissional que
ocupará aquele cargo. Caso estas duas características não estejam bem
definidas, a chance de erro aumenta muito.
Uma
vez admitido, a empresa deverá se esforçar não somente para mantê-lo na empresa,
mas para fazer com que esteja sempre motivado com seu trabalho. E aqui entram
as seis premissas do título.
Retendo
seus profissionais
Há
uma série de fatores que influenciam a permanência dos profissionais na
empresa. A primeira delas é oferecer uma remuneração adequada. Adequada às
funções desempenhadas, ao cargo, ao mercado e ao que o profissional tem
capacidade de entregar e agregar à empresa.
A
segunda e terceira resumem-se a desenvolver a cultura e o clima organizacional.
Enquanto a empresa cresce, é preciso criar crenças e valores para o dia a dia
da corporação. Essas atitudes determinarão a “energia” da
companhia e a maneira com que os profissionais se comportarão dali em diante.
Estas características geralmente estarão alinhadas às dos futuros profissionais
e geralmente seguirão a filosofia de seu fundador. Por isso, muitas das vezes
em que uma empresa troca sua presidência há uma grande dificuldade na adaptação
e aceitação da equipe pelo novo modo de gestão. Sendo assim, é preciso compartilhar
esses valores com todos e fazê-los se sentir parte integrante do processo de
crescimento da empresa. Isto pode ser atingido com campanhas internas de
comunicação ou simplesmente com uma gestão bastante transparente e viva dentro
das equipes.
O
quarto ponto é fazer com que as pessoas saibam trabalhar em grupo. Aqui entram
muitas variantes, mas destacarei o principal agente de estímulo: o chefe. Deve
ser participativo, transparente, que instiga a equipe, louva-a e dá méritos
pelas conquistas e resultados alcançados. Pode parecer muita exigência para uma
só pessoa, mas colocar uma pessoa errada em um cargo de gestão pode ruir todo
um setor, fazer pessoas pedir transferências de setor ou simplesmente a
demissão (mais comum). O líder certo é aquele que está alinhado às
características comportamentais de sua equipe, às necessidades da empresa e dos
resultados que ela precisa alcançar. O resto é com o time de especialistas.
O
penúltimo princípio é propiciar desafios, estimulando o crescimento e
desenvolvimento de todos. Uma missão difícil. Isso significa proporcionar
tarefas estimulantes e relevantes para a equipe, algo que complemente sua carga
de conhecimento profissional: estimular a discussão de ideias e o
desenvolvimento de projetos, cobrar resultados, entre outros. Outro ponto-chave
é mostrar a importância de continuar os estudos. Treinar uma equipe para
atingir o nível mais alto de desempenho e conhecimento em uma área é formar
sucessores de qualidade, que farão o seu trabalho com qualidade quando você estiver
um degrau acima.
Por
último, destacaria a importância da transparência da empresa. Deixar todos os
colaboradores saberem quais são seus valores, crenças e informações é respeitar aqueles que trabalham pelo seu nome. É
bom lembrar que transparência não significa compartilhar informações
confidenciais. Significa compartilhar o status da empresa, mostrar seus
resultados, objetivos e metas. Isso tudo difere bastante das informações
estratégicas, restritas geralmente aos gestores da equipe.
Fonte: Gazeta
do Povo
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