Aposentadoria: quem começa a se preocupar antes, precisa se esforçar
menos
A
aposentadoria. Apesar de esse dia estar bem longo para muitos, ele preocupa
desde os mais velhos até os profissionais em início de carreira. Se aposentar
significa - ou pelo menos deveria significar - o fim das atividades
profissionais e o início de um período de descanso, lazer e
muitas viagens. A grande questão é, quando começar a se preparar,
financeiramente, para esse momento?
Isso
vai depender do tipo de cargo que o profissional ocupa. Se for funcionário
público, por exemplo, não haverá redução drástica do salário após se aposentar,
e, portanto, se estiver satisfeito com a remuneração atual, não há muito com o
que se preocupar. Mas para os demais, ou seja, aqueles que trabalham em
empresas privadas ou de forma autônoma, contribuindo com o INSS (Instituto
Nacional do Seguro Social), a realidade é outra.
Especialistas
em educação financeira concordam em um ponto: o quanto antes a pessoa começar a
se preocupar com isso, melhor. A lógica é bastante simples, independente de
quanto você gostaria de ganhar por mês quando se aposentar, se você começar a
investir o mais cedo possível, o esforço será menor.
Ganhando
com o tempo
Ou
seja, as parcelas mensais que você irá desembolsar serão menores. De acordo com
o educador financeiro Mauro Calil, a sugestão é que a pessoa invista 10% do seu
salário visando sua aposentadoria. Isso quer dizer que, à medida que seu
salário for aumentando no decorrer da sua vida profissional, mais você irá
investir.
Pensar
em deixar para começar a investir mais tarde, mas fazendo depósitos maiores –
superando os 10% da renda -, não é uma boa estratégia, avalia Calil. Isso porque quando o seu salário estiver maior,
seu padrão de vida também estará, logo, desembolsar mais, visando aaposentadoria,
vai pesar no orçamento. O ideal, portanto, é que a pessoa se limite aos 10%.
Assim, quanto mais tempo você tiver para deixar o dinheiro render, melhor.
Começar
o quanto antes é importante, também, porque o tempo faz uma grande diferença. O
tempo permite que os juros trabalhem mais por você. Além disso, quanto mais
distante da aposentadoria você estiver, é mais fácil se recuperar de uma
eventual crise. Caso você invista em renda variável e uma crise atingir o País,
levando a uma perda de capital, mais tempo você terá para se reposicionar e
retomar os ganhos.
Previdência
privada ou investimento autônomo?
Normalmente
as pessoas se perguntam qual a melhor forma de investir para a aposentadoria. A
previdência privada, por mais que seja uma boa opção, pode perder bastante para
o investimento autônomo. Para o professor de finanças do Ibmec/RJ, Nelson de
Sousa, se a pessoa tiver disciplina, a melhor estratégia é fazer seu próprio
fundo de investimento.
O
PGBL (Plano Gerador de Benefício Livre) e VGBL (Vida Gerador de Benefício
Livre), modalidades de previdência privada, por exemplo, cobram uma taxa de
administração – que corroe parte do que você investe - e, ainda, fazem
investimentos que estão a disposição de qualquer um.
Nelson
explica que se a pessoa for fiel aos seus investimentos, ela pode fazer as
aplicações de maneira autônoma, escolhendo de que forma quer aplicar seu
dinheiro. Os mais conservadores podem ficar com os títulos do tesouro e
investimento em CDBs. “Os planos de previdência fazem aplicações que qualquer
um pode fazer”, diz o professor, lembrando que, de forma autônoma, é possível
escolher aplicações mais arriscadas.
Fonte: Infomoney
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